"Aquele que tem caridade no coração tem sempre qualquer coisa para dar. "
( Santo Agostinho )

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Direitos e Deveres do Voluntário

O Voluntário é o indivíduo que de forma livre, desinteressada e responsável se compromete, de acordo com as suas aptidões próprias e no seu tempo livre, a realizar acções de voluntariado no âmbito de uma organização promotora - de acordo com o estatuído na Lei 78/91 de 03 Novembro.


I - DIREITOS


  •  receber apoio no desempenho do seu trabalho (formação inicial, contínua e avaliação técnica);
  • ter ambiente de trabalho favorável e em condições de higiene e segurança;
  •  ser ouvido nas decisões que dizem respeito ao seu trabalho;
  • ver reconhecido o trabalho desenvolvido (acreditação, certificação do trabalho voluntário e valorização da experiência adquirida);
  •  acordar com a organização promotora um programa de voluntariado, contendo designadamente:
             - cobertura dos riscos inerentes ao exercício da actividade;

              - actividades a desenvolver;

              - periodicidade e horário;

              -  formação a receber;

               - avaliação periódica do trabalho realizado e dos resultados obtidos.



II - DEVERES

 
Para com os destinatários

  •  respeitar a vida privada e a dignidade da pessoa;
  • respeitar as convicções ideológicas, religiosas e culturais;
  • actuar de forma gratuita e interessada no bem estar do destinatário;
  •  contribuir para o desenvolvimento pessoal e integral do destinatário;
  • garantir a regularidade do exercício do trabalho voluntário.

Para com a entidade promotora:

  •  observar os princípios deontológicos por que se rege a sua actividade;
  •  conhecer e respeitar a filosofia, estatutos, programas e metodologias de trabalho da entidade promotora;
  • observar as normas de funcionamento da entidade promotora;
  •  actuar de forma diligente, isenta e solidária;
  •  zelar pela boa utilização dos bens e meios postos ao seu dispor;
  • participar em programas de formação, para um melhor desempenho do seu trabalho;­
  • dirimir conflitos no exercício do seu trabalho de voluntário;
  •  garantir a regularidade do exercício do trabalho voluntário;
  •  utilizar devidamente a identificação como voluntário no exercício da sua actividade.

Para com os profissionais:

  • colaborar com os profissionais da organização promotora, respeitando as suas opções e seguindo as suas orientações técnicas;
  • complementar o trabalho dos profissionais ao serviço da entidade promotora;­
  • dirimir conflitos no exercício do seu trabalho voluntário.

Para com os outros voluntários:

  •  respeitar a dignidade e liberdade dos outros voluntários, reconhecendo o valor da sua actividade;
  •  fomentar o trabalho de equipa, contribuindo para uma boa comunicação e um clima de trabalho e convivência agradável;
  •  facilitar a integração, formação e participação de todos os voluntários.

Para com a sociedade:

  •  fomentar uma cultura de solidariedade;
  •  difundir o voluntariado;
  •  conhecer a realidade social e cultural da comunidade onde desenvolve a sua actividade de voluntário;
  •  complementar a acção social das entidades em que se integra;
  • transmitir com a sua actuação, os valores e os ideais do trabalho voluntário.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

ANO EUROPEU DO VOLUNTARIADO EM 2011

O Centro Europeu de Voluntariado (CEV) apresentou a “Declaração de Bruxelas”, documento que servirá de guia para o Ano Europeu do Voluntariado em 2011, e que, ao mesmo tempo, dará continuidade ao trabalhado efectuado durante o Ano Europeu do Combate à Pobreza e à Exclusão Social 2010.

Esta declaração é resultado do colóquio "O voluntariado como meio de capacitação e inclusão social - Uma ponte entre o Ano Europeu de 2010 e 2011", realizado pelo CEV, em Bruxelas, no âmbito da Presidência Belga da União Europeia.

Este evento reuniu mais de 150 participantes de 25 países, profissionais do sector do voluntariado e algumas personalidades políticas.

Este documento tem como o objectivo potenciar o sector do voluntariado e o esforço comum para a erradicação da pobreza e exclusão social.

A “declaração de Bruxelas” é composta por 43 medidas, que serão executadas por políticos, organizações de voluntários, organizações da sociedade civil, empresas e indivíduos, entre muitos outros participantes. A declaração desenvolve-se em torno de quatro pontos principais, que também fazem ligação entre os objectivos do Ano Europeu 2010 e 2011.

Os pontos principais são reforçar a contribuição dos voluntários e organizações voluntárias na promoção da autonomia e inclusão social (voluntariado “com” pessoas em situação de pobreza e exclusão social), melhorar a inclusão do voluntariado e a concretização do seu potencial para ser um meio de inclusão social e de cidadania activa (promover o voluntariado "por" pessoas em situação de pobreza e exclusão social), certificar que o voluntariado é um direito de todos, proporcionando e incentivando um ambiente jurídico para a participação activa das pessoas em situação de pobreza e exclusão social e reconhecer e reforçar o potencial do voluntariado como uma forma de adquirir competências e reforçar a empregabilidade.

Markus Held, Director do CEV, revela que existe uma enorme satisfação por ter sido o CEV “impulsionadora na luta activa contra a pobreza e a exclusão social, num momento crucial, que é o encerramento do Ano Europeu do Combate à Pobreza e Exclusão Social e o lançamento do Ano Europeu do Voluntariado 2011”. A Declaração de Bruxelas pretende “assegurar a continuidade de debate e tomar medidas concretas para impulsionar ainda mais estes papéis" afirma Markus Held.





quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

A acção social das paroquias de Torres Novas, onde se inclui as Conferências de S. Vicente Paulo, Legião Maria e Cáritas Paroquial de Torres Novas, desejam a todos um Santo Natal e um Próspero Ano de 2011.

Deixamos o nosso sincero agradecimento a todos os que colaboraram nas nossas acções caritativas. Bem Haja a todos.

Oração:

" Senhor, nesta Noite Santa,

depositamos diante de Tua manjedoura todos os sonhos, todas as lágrimas e

esperanças contidos em nossos corações.

Pedimos por aqueles que choram sem ter quem lhes enxugue uma lágrima.

Por aqueles que gemem sem ter quem escute seu clamor.

Suplicamos por aqueles que Te buscam sem saber ao certo onde Te encontrar.

Para tantos que gritam paz, quando nada mais podem gritar.

Abençoa, Jesus-Menino,

cada pessoa do planeta Terra, colocando em seu coração um pouco

da luz eterna que vieste acender na noite escura de nossa fé.

Fica conosco, Senhor!

Assim seja! "

 

 

 

 

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Medidas de prevenção contra vagas de frio



Medidas de Autoprotecção


As vagas de frio podem estar associadas a outros fenómenos meteorológicos, como a queda de neve, ventos fortes ou a formação de gelo.Tenha isto em atenção ao proteger-se!

 
Antes da Chegada do Inverno

 
Procure estar atento às informações meteorológicas. Uma descida brusca de temperatura pode ser um indício de uma vaga de frio, obrigando à adopção de medidas de autoprotecção.

Previna-se com roupa quente e calçado adequado.

Verifique se as portas e janelas têm pontos por onde o ar frio possa entrar para dentro de casa. Vede esses espaços, fazendo um bom isolamento da habitação.


Se vive numa zona propensa a ficar isolada pela neve:
Prepare um estojo de emergência contendo um rádio e lanterna a pilhas, agasalhos, material de primeiros socorros, pilhas de reserva e medicamentos essenciais.

Tenha sempre em casa uma reserva de água potável e de alimentos ricos em calorias (chocolates e frutos secos, por exemplo), suficientes para dois ou três dias.

Tenha também uma botija de gás suplente e faça uma pequena reserva de produtos de higiene pessoal.

Durante uma Vaga de Frio

 
Mantenha-se atento aos noticiários da Meteorologia e às indicações da Protecção Civil transmitidas pelos órgãos de comunicação social.

Procure manter-se em casa ou em locais quentes.

Use várias camadas de roupa em vez de uma única peça de tecido grosso. Evite as roupas muito justas ou as que o façam transpirar.

O ar frio não é bom para a circulação sanguínea. Evite as actividades físicas intensas que obrigam o coração a um maior esforço e podem até conduzir a um ataque cardíaco.

Se suspeitar que você ou alguém que o rodeia está com hipotermia ligue imediatamente para o 112.

O consumo excessivo de electricidade pode sobrecarregar a rede originando falhas locais de energia. Procure poupar energia, desligando os aparelhos eléctricos que não sejam necessários. Tenha à mão lanterna e pilhas, para o caso de faltar a luz.

Tenha cuidado com as lareiras. Em lugares fechados sem renovação de ar, a combustão pode originar a produção de monóxido de carbono, um gás letal.

Seja também cuidadoso com os aquecedores devido ao risco de acidentes domésticos.


 
Se vive numa zona propensa a ficar isolada pela neve:
Doseie os alimentos, a água e outros utensílios essenciais para um possível isolamento.

Conserve a calma e transmita-a aos que o rodeiam. Procure ter uma atitude prática perante os acontecimentos.

Use o telefone só para chamadas de emergência.

 

Se Tiver de Sair de Casa:

Evite uma exposição excessiva ao frio. Saia de casa apenas se tal for estritamente necessário.

O perigo extremo ocorre quanto há vento forte. A situação de desconforto térmico aumenta e sente-se mais frio. Não saia de casa nessas alturas.

Se vai ter necessidade de passar muito tempo no exterior da casa, use várias peças de roupa, em vez de uma única peça de tecido grosso. Use um chapéu ou gorro para proteger a cabeça.

Proteja o rosto. Evite a entrada de ar extremamente frio nos pulmões.

Mantenha as roupas secas. Mude meias molhadas ou outras peças que possam contribuir para a perda de calor.

Evite caminhar em zonas com gelo ou neve, para evitar o risco de quedas que podem produzir graves lesões.

Os idosos, crianças e pessoas com dificuldades de locomoção não devem sair de casa.

 
Se Viajar de Automóvel:

 
Evite deslocações desnecessárias. Suspenda excursões ou passeios na montanha ou em zonas propensas a quedas de neve e descidas significativas de temperatura.

Sempre que possível utilize os transportes públicos. Se, no entanto, tiver necessidade de utilizar a sua viatura, procure levar consigo um rádio, lanterna, roupa quente e um cobertor. Leve também alimentos ricos em calorias e não se esqueça do telemóvel, se o tiver.

Evite viajar sozinho no automóvel. Caso tal não seja possível, assegure-se de que alguém conhece a sua rota de viagem e sabe as estradas que vai utilizar.

Antes de iniciar viagem, Faça uma revisão rápida do nível de gasolina, luzes e travões. Coloque um líquido anticongelante no radiador. Leve correntes para a neve, se for caso disso.

Informe-se junto das autoridades dos riscos que vai enfrentar no seu trajecto. Procure conhecer locais de refúgio (povoações, hotéis, estalagens).

Viaje de dia e mantenha o rádio ligado para ouvir as informações meteorológicas ou de trânsito. Se a estrada não oferecer condições de segurança volte para trás.

Se existir neve na estrada, coloque correntes nos pneus. Conduza cuidadosamente. Mantenha a velocidade reduzida e não faça movimentos bruscos com o automóvel.

Resista à tentação de poupar tempo guiando mais depressa do que as condições meteorológicas e do piso o permitem.

Procure avançar em cima de neve mais recente, evitando sempre as zonas com gelo na estrada (normalmente, as placas de gelo formam-se nos locais mais sombrios).

Se for surpreendido por um temporal durante a viagem e estiver longe de uma povoação, deve manter a calma e permanecer dentro da viatura. O automóvel servirá de barreira ao vento e os pneus actuarão como isolante, em caso de trovoada. Tente colocar um pano colorido na antena para chamar a atenção.

Ligue o motor cerca de dez minutos em cada hora. Abra uma fresta na janela que se encontra do lado oposto ao vento para deixar renovar o ar e evitar o envenenamento por monóxido de carbono.

Mantenha o tubo de escape limpo de neve. Não deixe que o fumo chegue ao interior da viatura, pois poderá ficar intoxicado.

Faça pequenos exercícios com os braços, pernas e dedos para manter a circulação sanguínea. Não adormeça.

Procure estar atento às indicações difundidas pela Protecção Civil na rádio.
 
 
Esta informação é fornecida pela ANPC (Autoridade Nacional para a Protecção Civil).

10 Milhões de Estrelas – Um Gesto pela Paz



A luta contra a exclusão e a sensibilização para o flagelo do desemprego são temas que se cruzam na Operação 10 Milhões de Estrelas – Um Gesto pela Paz 2009, uma iniciativa que se baseia nos valores fundamentais defendidos pela Cáritas Portuguesa, como a assistência ao próximo e a luta por uma sociedade mais justa, e que visa a assistência, promoção, desenvolvimento e transformação social… para um mundo mais digno e solidário.

 
A acção de Natal deste ano tem como principais destinatários aqueles que, neste último ano, foram surpreendidos pela crise económica e que, de um momento para o outro, se encontraram numa difícil situação de desemprego. Tomando consciência desta complexa realidade, a Cáritas Portuguesa e as diversas Cáritas Diocesanas uniram esforços e atenções, identificando os casos mais alarmantes e, sem olhar a crenças, culturas, etnias ou origem, apelam agora à Solidariedade de todos os portugueses.

Nessa esteira, a Cáritas Paroquial de Torres Novas participa nesta campanha, disponibilizando fotofóros  e convida os torrejanos  acenderem uma vela na noite de 24 de Dezembro, véspera de Natal, e a colocá-la à janela da sua casa.


Acenda uma luz de alegria – Um Gesto pela Paz!


domingo, 31 de outubro de 2010

CHUVA, CHUVA E MAIS CHUVA


Os meus sapatos vão ficar deformados???!!!
Nada disso.

Se apanhou uma daquelas chuvadas e os sapatos ficaram encharcados!
Não se preocupe. Basta colocar papel de jornal, dentro do sapato, de modo a que o mesmo fique com a forma inicial.

Nada de colocar à lareira ou  junto do aquecedor. Deixe secar ao natural.


O papel de jornal, ajudará não só a manter a forma, como também ajudará a secar o sapato.

 

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Fundo Social Solidário


Por orientação da Comissão Episcopal da Pastoral Social, a Cáritas Portuguesa abriu uma conta designada "Fundo Social Solidário" com o objectivo de acorrer aos mais necessitados, especialmente neste contexto de crise. Pretende-se aproveitar as estruturas mais localizadas, que são as paróquias, para chegar junto daqueles em dificuldades.



Estas respostas imediatas de apoio a quem necessita dependem exclusivamente dos donativos feitos pelas pessoas de boa vontade.

 

Donativos Para ajudar deve proceder do seguinte modo:



1. Ligando para o número 760 300 150. Esta chamada custará 0.60€+IVA e o seu valor reverterá para o Fundo Social Solidário (Nota: a doação através deste número não é contemplada pela emissão de recibo)



2. Por transferência bancária para a conta Fundo Social Solidário, com o número 109 004 0150 (junto do banco Millenium BCP) e o NIB 0033 0000 0109 0040 15012

 

3. Nas caixas Multibanco:

 
Entidade: 22 222

Referência: 222 222 222

 
Enviando o donativo para a sede da Cáritas Portuguesa: Praça Pasteur, nº 11 - 2º Esq., 1000-238 Lisboa

Recibo:
Deverá remeter os seguintes elementos, de forma legível: nome, morada, número de contribuinte, finalidade do donativo e cópia comprovativa do mesmo (talão do multibanco, transferência bancária ou outro), para o e-mail caritas@caritas.pt, Fax 218 454 221 ou através de carta, para a morada: Praça Pasteur nº 11 – 2º Esq. 1000-238 Lisboa.
O recibo será posteriormente remetido para a morada disponibilizada.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Participação da Acção Social das Paroquias de Torres Novas na Feira Social


Conforme aqui anunciámos, decorreu no passado dia 16, 17 e 18 deste mês a Feira Social do Médio Tejo, onde estiveram presentes várias entidades regionais numa acção de divulgação das valências e competências de apoio social.

A acção Social das Paroquias de Torres Novas integrou uma equipa composta pelos membros da Cáritas Paroquial de Torres Novas e Conferências S. Vicente Paulo.

O saldo deste evento é muito positivo, para os participantes, que puderam mostrar à comunidade o seu trabalho, bem como o de comungar experiências e soluções de melhoria nos apoios.

E foi nesse sentido que se partilhou, em representação da Rede Social de Torres Novas, o espaço com duas outras organizações: Rosto e Agir.

A mensagem que melhor defeniu o evento é, sem dúvida, a partilha.
Partilha de experiências, dificuldades, ambições, projectos, nunca perdendo de vista a missão e objectivo comum: apoio caritativo.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

As lacunas da sociedade de consumo


Não temos ideia dos valores gastos para convencer o consumidor a gastar dinheiro em produtos e serviços, quando bastaria 1/10 daquele para mudar a qualidade de vida de muitas pessoas necessitadas. Deixamos aqui uma mensagem da Agência de Notícias da Igreja Católica de Portugal para uma pertinente reflexão social.

"O actual estilo de vida deixa «cada vez mais perdedores pelo caminho» - sublinhou Joana Rigato na Semana da Pastoral Social.

Anualmente, são gastos 450 mil milhões de euros para “convencer as pessoas a comprarem coisas, quando bastaria 1/10 desse valor para garantir uma vida digna para todos!” – disse Joana Rigato, elemento da Comissão Nacional Justiça e Paz, na XXVI Semana da Pastoral Social.

 
A decorrer em Fátima, de 14 a 16 deste mês, esta semana é subordinada ao tema «Dar-se de Verdade – Para um desenvolvimento solidário». Na conferência sobre «Questões do debate social contemporâneo: uma leitura dos problemas mais relevantes», Joana Rigato realça que o problema central reside na sociedade de consumo.

 
O estilo de vida actual, apesar de todas as suas vantagens, baseia-se num “modelo com gravíssimas lacunas” com “danos colaterais incalculáveis” e que produz “uma crescente desigualdade”. Isto porque, se “não há (nem pode haver) o suficiente para todos, ou se dividem os recursos equitativamente, ou haverá cada vez mais perdedores pelo caminho” – frisou a oradora

 
As diferenças na “pegada ecológica” mostram clareza. Se todos os recursos do planeta fossem divididos “equitativamente pela população mundial e utilizados de forma sustentável, foi calculado que cada pessoa deveria consumir o equivalente a cerca de 2 hectares de terra por ano”. A média mundial já é superior a este valor, situando-se nos 2,85 hectares por ano. Ora, em África, “a pegada ecológica média é de apenas 1,5 hectare; já na Europa Ocidental chega a 6 hectares, enquanto que nos Estados Unidos corresponde a 12 hectares per capita, isto é, 425% a mais do que a média mundial, o que significa que um americano médio equivale, em termos de impacto ecológico, a cerca de dez africanos ou asiáticos” – dados apresentados por Joana Rigato.

 
“A gravidade da situação torna-se mais assustadora quando nos apercebemos de que nas últimas três décadas 1/3 dos recursos do nosso planeta foram consumidos. Mais do que alguma vez acontecera desde o aparecimento da humanidade na Terra” – acrescenta.

 
Recuperar o “valor da sobriedade” é uma opção de fundo, motivada “por critérios tão éticos quanto estéticos, já que não só passa só pela adopção de um estilo de vida social e ecologicamente responsável, como é também uma escolha sensata no sentido da promoção de melhor qualidade de vida, em sentido profundo” – conclui Joana Rigato."



terça-feira, 14 de setembro de 2010

Entrevista do Vice Presidente da Cáritas Paroquial de Torres Novas ao Jornal "O Almonda"

Publicamos hoje a entrevista dada pela Vice Presidente da Cáritas Paroquial de Torres Novas ao Jornal "O Almonda".

"Cáritas Paroquial aposta na transparência

 
Em Outubro de 2009 um grupo de voluntários arregaçou as mangas para deitar mãos à obra da Acção Social das Paróquias. A Cáritas funcionava apenas na vertente de distribuição de roupas, um serviço prestado pela boa vontade de cinco benfeitoras. E eram estas mesmas beneméritas que se encarregavam do peditório nacional.

 
A Conferência de São Vicente Paulo, dentro da sua missão, tem acompanhado ao longo dos anos grande número de pessoas carenciadas. No entanto, havia a vontade e o desejo de criar um grupo de Acção Social das Paróquias de Torres Novas, que renovasse a Cáritas e que veio igualmente a coordenar a acção da Conferência de São Vicente Paulo.

 
Um grupo de voluntários juntou-se no sentido de levar por diante um projecto que pudesse ir ao encontro das carências existentes na área social.

 
“Neste primeiro momento de arranque, tivemos sorte em ter uma sede para nos reunirmos e umas instalações, para acolher as pessoas, conversar com elas, e apoiá-las quer em géneros, quer em vestuário” no remodelado edifício de S. Pedro, afirmou Joaquim Moleiro, Vice-presidente da Cáritas Paroquial.

 
A grande parte de alimentos vem do Banco Alimentar contra a Fome e o vestuário é doado pela comunidade. Ao entrar na sala onde estão dispostas as roupas em prateleiras, lavadas, passadas a ferro, cuidadas e catalogadas, damo-nos conta do trabalho que aquelas pilhas de roupa já organizada encerra.

E aqui, há que lamentar dois aspectos negativos e que é forçoso relembrar. “As pessoas deixam sacos e sacos de roupa na porta da Igreja, como se de algo que querem despachar, se tratasse. As pessoas não imaginam o trabalho que nos dá fazer a triagem dessa roupa que muitas vezes apenas serve para ir directamente para o lixo”, salienta Joaquim Moleiro.

É necessário dizer com palavras directas e sem falas mansas, que Instituições como a Cáritas, a Conferência São Vicente de Paulo, a Agir ou o Rosto que também prestam este tipo de apoio, não são depósitos para onde se envia a roupa estragada. E por vezes, segundo testemunhos ouvidos amíude, tão suja…

Ao dar, que se dê com a mesma dignidade com que gostaríamos de ser tratados. Não nos esqueçamos que amanhã podemos ser nós a ter de procurar o apoio de uma destas insttuições. A Cáritas Paroquial tem um espaço social junto às novas instalações da ECONOVA, e ao lado do salão onde habitualmente se fazem as festas e os almoços. Esse é o local onde deverão ser deixados os sacos com o vestuário, limpo, lavado, como se fossemos nós a ter de o vestir. Chama-se a isto respeito e dignidade pelo nosso semelhante.

A distribuição regular de géneros alimentícios é feita com base em critérios e depois de um conhecimento prévio da situação daquela família.
Actualmente o Grupo de Acção Social das Paróquias de torres Novas apoia a comunidade em três valências: Vestuário, sendo o atendimento feito no Salão de s. Pedro – Salas de Acção Social.
A Recolha de roupas é realizada às segundas-feiras das 17 às 19 horas e aos sábados das 10 às 12 horas. A sua distribuição tem lugar à terça-feira, no horário das 15 horas às 17 horas.
A valência de bens alimentares funciona no mesmo espaço no segundo sábado de cada mês, das 16 às 17:30 horas. São distribuídos cerca de 500 a 600 quilos de géneros alimentícios por mês.
Um terceira valência que o Grupo está a tentar implementar é o Apoio Social. Trata-se de um apoio personalizado, uma conversa que poderá ajudar, no horário das 15 às 19 horas, aos sábados. Esta última valência tem, ainda por detrás o factor vergonha ou receio de se expor e apenas duas pessoas a procuraram"